15.12.11

not in a mood for christmas

Que raio poderá uma mãe fazer para ser um pouco mulher, um pouco pessoa, provida de sentimentos, emoções, sensações, ideias, devaneios e tudo o mais?!?
Temos que ser isentas de tudo enquanto estamos com os bebés para não mostrarmos fraquezas e estranhezas face a algumas irritações. Temos que ser isentas de nervos, porque queremos que as crianças sejam calmas e tranquilas e se são elas o nosso espelho e há coisas que não gostamos em nós, não podemos dar parte fraca! Mas e quando é que podemos explodir?! Quando é que nos podemos manifestar?!?
Porque raio não podemos ter sensações sem que sejamos crucificadas no momento a seguir?
Depois de uma viagem irrequieta com as lágrimas a correrem pela cara abaixo, continuo a indagar-me. Porque será que o L. reagiu assim? Serei eu uma péssima mãe?! Nem olhou para mim quando o deixei na creche! Limitou-se a agarrar uma terceira pessoa (que não é a educadora nem a auxiliar da sua sala) e a não olhar mais para mim. A abraçar-se a outra como quem diz "salva-me, que aquela não presta!", a não olhar-me mais e a deixar-me completamente no chão, como há um ano atrás me senti por não ter percebido que tudo estava errado naqueles primeiros dias. Por desconhecimento, por burrice, por... sei lá!
Alguém me explica o que é preciso fazer para que o caminho seja feito a direito? para que as curvas sejam feitas a uma velocidade mais baixa, com travão se necessário? para que a mudança seja reduzida e o travão pisado, mas sem que com isso se faça um pião?
Já pensei se não deveria pôr o meu cargo à disposição! Se calhar não sei exercer esta função!
Para que lado me viro? Estou sem norte e sem chão. Apetecia-me ir ao fundo do iceberg...

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